Ensino em genética para profissionais de saúde é debatido no Senado Federal

Tema esteve presente em Audiência Pública da Subcomissão Permanente de Assuntos Sociais das Pessoas com Deficiência


Tema esteve presente em Audiência Pública da Subcomissão Permanente de Assuntos Sociais das Pessoas com Deficiência
 
O tema central do encontro foi o ensino de genética para profissionais de saude para atender a política de doenças raras no Brasil. Durante a sua fala a representante da Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica (SBGM), Débora Gusmão Melo, destacou que a força de trabalho hoje em todo o país é composta por apenas 305 profissionais e defendeu a reformulação da grade em cursos de medicina.
 
- É importante destacar a importância de ensinar genética para o não-especialista. É preciso que esse ensino seja contextualizado com a clínica, ou seja, não adianta ensinar genética teórica no primeiro ano de faculdade. Os alunos precisam ter contato com ambulatório e com paciente. É a partir dessa vivência que o aprendizado se torna mais significativo - explicou a representante da Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica, Débora Gusmão Melo.
 
A médica também ressaltou a importância do encontro para tornar mais claro as diretrizes curriculares em relação ao perfil de competência.
 
- Fomos chamados a opinar um assunto em relação ao qual a SBGM trabalha muito como entidade que representa a especialidade. Por isso, avaliamos que foi um encontro muito positivo – completou.
 
O objetivo da reunião, realizada no dia 11 de setembro, foi discutir a falta de conhecimento da comunidade médica sobre essas enfermidades e as maneiras de reverter essa realidade por meio da inclusão de disciplinas específicas como aconselhamento genético e genética clínica no currículo das faculdades de Medicina e de outras profissões de saúde. O debate foi presidido pelo senador Romário (Podemos-RJ).
 
Pela definição do Ministério da Saúde, em conformidade com a Organização Mundial da Saúde, doenças raras são aquelas que afetam até 65 pessoas em cada grupo de 100 mil indivíduos, ou seja, uma para quase 2 mil indivíduos. Estima-se que entre 6% e 8% da população mundial manifeste alguma forma de doença rara. Dessas 80% são de ordem genética e em 75% dos casos atinge crianças.