Médicos geneticistas celebram nova modalidade de compra de remédios para Doenças Raras

Medida anunciada pelo Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que adotou o compartilhamentos de risco com as indústrias farmacêuticas foi recebida de forma positiva pela Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica (SBGM)


Medida anunciada pelo Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que adotou o compartilhamentos de risco com as indústrias farmacêuticas foi recebida de forma positiva pela Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica (SBGM)
 
O anúncio do Ministério da Saúde de uma nova modalidade de compra para medicamentos de alto custo ou destinados ao tratamento de Doenças Raras foi recebida de forma positiva pela SBGM. Com a mudança, anunciada no final do mês de março, o Governo e as indústrias farmacêuticas consolidaram um compartilhamento de risco, ou seja, o Ministério só pagará pelo remédio se houver melhora do paciente. A médica geneticista da Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica (SBGM), Ida Schwartz, enaltece o caráter positivo da medida.
 
- Este modelo utilizado no Brasil, irá garantir um acordo entre o laboratório produtor e o Governo, para que o custo-efetivo do remédio seja considerado, uma vez que, medicamentos para doenças raras precisam de tempo até que se compreenda seus benefícios e riscos - salienta a médica geneticista.
 
Para facilitar o entendimento do processo, a médica Ida Schwartz  exemplificou o mecanismo da iniciativa.
 
- Existindo dúvidas sobre a indicação do remédio x, para tratar a forma B, da doença Y, o laboratório produtor pode financiar o tratamento da forma B, da doença Y, por 2 anos, tendo seus resultados monitorados pelo governo. Após isso, se forem constatados benefícios, o medicamento passa a ser incorporado para esta enfermidade, se não, o fornecimento é suspenso - relata.
 
O compartilhamento de risco é um compartilhamento de responsabilidade sobre as incertezas, pois, dá mais oportunidade para que se gere conhecimento a respeito das enfermidades, e em decorrência disso, o valor do medicamento pode ser reduzido, sem comprometer o acesso inicial aos remédios.