Dia Nacional de Luta pelos Direitos das Pessoas com Doença Falciforme
                           
                       
                    
                  
                  
                  
                     
                      
                     A doença falciforme é uma hemoglobinopatia hereditária causada por uma alteração no gene HBB, responsável pela produção da hemoglobina. Essa alteração leva à formação da chamada hemoglobina S, que faz com que as hemácias assumam formato de “foice” em determinadas condições, dificultando o transporte de oxigênio no organismo.
No Brasil, a condição atinge cerca de 8% da população negra, segundo o Ministério da Saúde. Essa maior frequência está ligada a um fenômeno histórico e evolutivo: a mutação do gene HbS surgiu em regiões da África como forma de proteção natural contra a malária. Com a diáspora africana, foi introduzida no Brasil e em outras partes do mundo.
Os sintomas variam em intensidade, mas incluem anemia crônica, crises de dor, icterícia, maior risco de infecções e complicações em órgãos vitais como rins, coração e pulmões. Muitas vezes, essas manifestações afetam não apenas a saúde física, mas também a vida escolar, profissional e social dos pacientes.
O diagnóstico precoce, realizado no Brasil pelo Teste do Pezinho, é fundamental para iniciar o acompanhamento ainda nos primeiros meses de vida, reduzindo complicações e aumentando a qualidade de vida. O tratamento envolve desde medidas de suporte, como transfusões e medicamentos específicos, até transplante de medula óssea em casos selecionados.
Entretanto, o impacto da doença falciforme vai além do campo biológico. Pacientes e famílias enfrentam desafios sociais e estruturais, incluindo desigualdade de acesso aos serviços de saúde, falta de informação adequada e preconceito. 
Garantir diagnóstico, acompanhamento integral e direitos básicos é um passo essencial para que pessoas com doença falciforme possam viver com dignidade, inclusão e qualidade de vida.